terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Relogios paleontológicos

Os “relógiospaleontológicos permitem datar os acontecimentos geológicos


Biostratigrafia 
É um ramo da estratigrafia que permite correlacionar e fazer a datação relativa de rochas, através do estudo das associações fósseis nelas contidas. 


  1. Estratos com as mesmas associações fossilíferas possuem a mesma idade – Princípio da Identidade Paleontológica. Os fósseis permitem definir unidades biostratigráficasbiozonas.

Dendroronologia
  •   Permite datações absolutas usando os anéis de crescimento anual das árvores


Princípios Litóstratigráficos

 
Principio Sobreposição
 
Segundo este princípio, em qualquer sequência a camada mais jovem é aquela que se encontra no topo da sequência. As camadas inferiores são progressivamente mais antigas. Este princípio pode ser aplicado em depósitos sedimentares formados por acresção vertical, mas não naqueles em que a acresção é lateral (por exemplo em terraços fluviais). O princípio da sobreposição das camadas é válido para as rochas sedimentares e vulcânicas que se formam por acumulação vertical de material, mas não pode ser aplicado a rochas intrusivas e deve ser aplicado com cautela às rochas metamórficas.







Princípio da Horizontalidade 

O princípio da horizontalidade original afirma que a deposição de sedimentos ocorre em leitos horizontais. A observação de sedimentos marinhos e não marinhos numa grande variedade de ambientes suporta a generalização do princípio.






Princípio da Intersecção
Um filão ou uma intrusão magmática é sempre posterior ás formações rochosa que atravessa.













Principio da Continuidade Lateral

Um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de toda a sua extensão, independentemente da ocorrência da variação horizontal de fáceis. Uma camada limitada por um muro e por um tecto e definida por uma certa fáceis tem a mesma idade ao longo de toda a sua extensão lateral.




 

Princípio da Inclusão
Um fragmento de uma determinada rocha é sempre mais antigo do que a rocha onde está inserido.














Fonte: http://www.google.pt/images?hl=pt-pt&biw=1280&bih=666&gbv=2&tbs=isch:1&sa=1&q=principios+sobreposicao&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=


Reflexão:
Através de princípios básicos, os geólogos conseguem interpretar os estratos sedimentares e conhecer as histórias que estes albergam, nomeadamente sobre formas de vida do passado da Terra e também sobre os grandes conhecimentos geológicos.

Curiosidade




Uma equipa internacional de paleontólogos, encontrou uma jazida de trilobites gigantes numa pedreira em Canelas, perto de Arouca (distrito de Aveiro). 
As trilobites são artrópodes marinhos que viveram exclusivamente no Paleozóico, uma vez que surgiram no inicio deste, no Câmbrico, e extinguiram-se durante a grande extinção massiva de fins do Permiano, junto com 96% das espécies animais marinhas e 70% dos vertebrados terrestres.








Fosseis e processos de fossilização

Os fósseis são restos de seres vivos ou vestígios de atividades biológicas (ovos, pegadas, etc.) preservados nos sistemas naturais. Entende-se por "sistemas naturais" aqueles contextos em que o processo de preservação não resulta da ação antrópica, podendo o fóssil ser preservado em sediments, rochas, gelo, piche, âmbar, solos, cavernas, etc. Preservam-se como moldes do corpo ou partes do próprio ser vivo, seus rastros e pegadas. A totalidade dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registro fóssil. A palavra "fóssil" deriva do termo latino fossilis que significa "desenterrado" ou "extraído da terra". A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia.

Processos de fossilização

A mumificação é o mais raro processo de fossilização. Pode ser:
  • Total - quando o ser vivo é envolvido por uma substância impermeável (por exemplo: resina, gelo) que impede a sua decomposição.
  • Parcial - quando as formações duras (carapaças, conchas, etc) de alguns organismos permanecem incluídas nas rochas por resistirem à decomposição. 
Mineralização
Este processo, também denominado de petrificação, consiste literalmente na substituição gradual dos restos orgânicos de um ser vivo por matéria mineral, rocha, ou na formação de um molde desses restos, mantendo com alguma perfeição as características do ser. Ocorre quando o organismo é coberto rapidamente por sedimento após a morte ou após o processo inicial de deterioração. O grau de deterioração ou decomposição do organismo quando recoberto, determina os detalhes do fóssil, alguns consistem apenas em restos esqueléticos ou dentes; outros fósseis contêm restos de pele, penas ou até tecidos moles. Uma vez coberto com camadas de sedimentos, as mesmas compactam-se lentamente até formarem rochas, depois, os compostos químicos podem ser lentamente trocados por outros compostos. Ex.: carbonato por sílica.
Moldagem
Consiste no desaparecimento total das partes moles e duras do ser vivo, ficando nas rochas um molde das suas partes duras. O molde pode ser:
  • Molde externo - quando a parte exterior do ser vivo desaparece deixando a sua forma gravada nas rochas que o envolveram.
  • Molde interno - os sedimentos entram no interior da parte dura e quando esta desaparece fica o molde da parte interna. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3ssil
Fonte:http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.cm-batalha.pt/imagens/up/fossil.jpg&imgrefurl=http://cienciasnaturais-ana.blogspot.com/2008/12/os-fsseis.html&usg=__BkLT6YkTbRgKC4lfyVL371AlKfg=&h=1195&w=1181&sz=261&hl=pt-pt&start=11&zoom=1&tbnid=ht5SCsD3wvbX1M:&tbnh=150&tbnw=148&prev=/images%3Fq%3Dfosseis%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1004%26bih%3D559%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1
 
 
Reflexão:
Para determinar a idade da maioria das rochas sedimentares, o estudo científico dos fósseis contidos nelas é fundamental. Os fósseis dão-nos importantes evidências que ajudam a determinar o que aconteceu ao longo da história da Terra e quando aconteceu.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010


Datação relativa e datação absoluta


A descoberta da radioactividade e a interpretação dos seus resultados permitiu a utilização do de-caimento radioactivo dos elementos para a datação terrestre, surgindo, deste modo, a datação absoluta. Os fósseis de idade foram outro elemento utilizado para a datação da Terra - datação relativa.
  
A datação relativa, como o nome indica, não permite obter uma idade absoluta, isto é, em valores numéricos, mas uma comparação de idades. Pelo contrário, a datação absoluta permite-nos obter um valor numérico para uma determinada idade. Por exemplo, se disseres que o José tem 18 anos e que o Pedro tem 16 anos, estás a efectuar uma datação absoluta, mas se disseres que o Pedro é mais novo do que o José, então efectuaste uma datação relativa.
A idade relativa, obtida por um processo de datação relativa, não nos permite determinar um valor numérico para a idade da Terra nem dos seus materiais constituintes, permitindo-nos ape-nas estabelecer relações entre os seus diferentes constituintes.
A datação relativa apoia-se na posição relativa dos estratos (princípio da horizontalidade e princípio da sobreposição dos estratos) e na presença de fósseis de idade (princípio do sincronismo ou da identidade paleontológica).


 

Princípio da horizontalidade

Os estratos sedimentares formam-se horizontalmente, isto é, os sedimentos depositam-se horizontalmente à medida que vão chegando à bacia de sedimentação, por efeito gravítico. Os  sedimentos depositam-se na horizontal.














Princípio da sobreposição dos estratos




Numa sequência estratigráfica não deformada, um estrato mais recente sobrepõe-se a um estrato mais antigo, o que significa que os estratos serão tanto mais antigos quanto mais profundos se encontrarem e tanto mais recentes quanto mais superiormente se encontrarem na sequência estratigráfica.
Logicamente que os sedimentos, por efeito gravítico, se vão depositando horizontalmente à medida que vão chegando à bacia de sedimentação. Os primeiros sedimentos a depositarem-se serão os mais antigos, enquanto os últimos a depositarem serão os mais recentes, encontrando-se colocados na parte superior em relação a todos os outros. O princípio da sobreposição dos estra-tos afirma-nos precisamente isto.














Princípio da identidade paleontológica
 
Dois estratos apresentam a mesma idade se apresentarem o mesmo fóssil de idade.










Um fóssil de idade corresponde ao fóssil de um ser vivo que viveu apenas durante um curto período de tempo, embora possa ter ocupado uma extensa área e zonas muito dispersas da Terra. É o caso das trilobites, que, tendo vivido apenas durante o Câmbrico, nos permitem datar como câmbrica qualquer formação rochosa em que sejam encontradas.
A presença de um fóssil de idade em dois estratos diferentes, mesmo que se encontrem muito distanciados, permite-nos afirmar que os dois estratos possuem a mesma idade.







Memória dos tempos

As informações resultantes tanto de datações relativas como, mais tarde, de datações absolutas, permitiram aos geólogos a elaboração de escalas de tempo geológico. Estas representações esquemáticas da história da Terra, que vão sofrendo alterações à medida que novas e pertinentes informações vão sendo recolhidas, representam sequências de divisões do tempo geológico, sendo as respectivas idades registadas em milhões de anos. Nestas escalas, as divisões mais alargadas de tempo designam-se por eons.
Nesses grandes intervalos de tempo consideram-se divisões de duração inferior chamadas eras, cada uma das quais se subdivide em períodos que, por sua vez, se dividem ainda em épocas. As transições entre as diferentes divisões correspondem sobretudo a momentos de grandes extinções ocorridas no passado e testemunhadas pelo registo fóssil. Por exemplo, a fronteira temporal associada à transição entre o Período Cretácico, da Era Mesozóica, e o Terciário, já da Era Cenozóica, está colocada nos 66,4 milhões de anos, uma vez que os fósseis de muitos organismos, como os dinossauros e outros grupos animais e vegetais, aparecem pela última vez em estratos rochosos cuja datação absoluta revelou a idade de 66,4 milhões de anos, facto que permite considerar que essas espécies se extinguiram nessa altura
.




Movimentos verticais da litosfera. Equilibrio isostático

Evidências dos Movimentos Verticais

A existência de movimentos verticais da crosta é reconhecida desde meados do século XVIII. Diversas evidências apontam neste sentido: a existência de grandes cadeias de montanhas, a ocorrência de sedimentos marinhos em grandes elevações acima do nível do mar, ocorrência na superfície de rochas formadas a grandes profundidades, subsidência (e.g. Holanda) e soerguimento (e.g. Escandinávia) de certas áreas continentais. Muitos desses movimentos são hoje em dia verificáveis através de medidas geodésicas precisas que mostram, aliados a dados geológicos, que esses movimentos ocorrem em taxas que variam entre 0,05 e 1 cm/ano.
A primeira chave para explicar esses movimentos verticais surgiu em 1735, quando Pierre Bouguer, o líder da expedição de estudos de gravimetria dos Andes, verificou que um peso de chumbo não sofria o desvio esperado considerando a atração da massa da cadeia montanhosa. Esse mesmo fênomeno foi observado em outras cadeias de montanhas, verificando-se em alguns lugares que o peso de chumbo era defletido na direção oposta a das cadeias de montanhas. A explicação para essas “anômalias gravitacionais” seria explicado mais de um século depois pela Teoria da Isostasia.


Teoria da Isostasia


Em 1855, dois cientistas, Airy e Pratt, formularam teorias bastante semelhantes para explicar a “ausência de massa” nas grandes cadeias de montanhas e um “excesso de massa” sobre os oceanos. O Princípio da Isostasia foi formulado separadamente por Airy e Pratt, cada um dos quais considerando um aspecto principal. Segundo Pratt a Ausência de massa” das cadeias de montanhas poderia ser explicada pela existência de uma profunda raíz de material pouco denso, proporcional a altura da montanha, flutuando sobre um material mais denso. Já Airy demostrou que se a camada superficial da Terra estivesse flutuando sobre um material mais denso, a sua altitude seria proporcional a espessura do material. Assim, as cadeias de montanhas seriam como icebergs, cuja a altura é proporcional a  massa de gelo submersa.
Conjuntamente, as duas proposições explicaram toda a grande topologia da superfície da Terra, considerando que a camada superficial estivesse flutuando sobre um material mais denso: os continentes são mais elevados porque são compostos por material menos denso (e também porque é mais espessa) que os dos fundos oceânicos e as grandes cadeias de montanhas são mais altas porque apresentam uma raíz proporcionalmente profunda de material pouco denso. Já as dorsais mesoceânicas são elevações em relação ao fundo oceânico porque, devido ao alto fluxo térmico localizado nesta região, as rochas oceânicas apresentam densidade menor naquela região que nas demais regiões.
Os dados geofísicos e geológicos obtidos desde então comprovam essa proposição: a crosta continental é composta por materiais menos densos (d ~ 2,7 g/cm3), além de ser mais espessa que a oceânica (d ~ 3,0 g/cm3). Já as rochas do manto mostram densidades médias mais elevadas (d ~3,3 g/cm3). Hoje, entretanto, sabe-se que a isostasia envolve toda a litosfera e o seu equilíbrio sobre a astenosfera. Isso porque a teoria implica a existência de material rígido em equilíbrio sobre material plástico, capaz de fluir.


Implicações da Teoria da Isostasia para a Dinâmica Terretre


A teoria da isostasia mostra que existe um equilíbrio isostático da litosfera sobre a astenosfera, refletido pelas altitudes relativas dos diversos segmentos da litosfera, dependendo de sua espessura e densidade do material que a compõe. A primeira implicação da existência desse equilíbrio é mostrar a importância da gravidade na dinâmica da Terra. Muitas vezes subestimada, a gravidade tem um papel fundamental em toda a história dinâmica da Terra. Nos estágios de formação do sistema solar controlou os processos de acresção de planetasimais e diferenciação primitiva do planeta em camadas de diferentes composições. Na dinâmica atual, controla a precipitação pluviométrica, o fluxo das águas continentais, o movimento das geleiras, a sedimentação, e outros tantos processos, além dos movimentos verticais das massas continentais e oceânicas.
Mas como a teoria da isostasia pode explicar os movimentos verticais? Acontece que qualquer modificação dos parâmetros anteriomente mencionados provoca desequilíbrio isostático causando movimentos verticais no sentido de recuperar a condição de equilíbrio. Esses movimentos, ditos de ajuste isostático, podem ocorrer quando uma região é sobrecarregada com algum material, causando movimentos de subsidência, ou descarregada, causando soerguimento. Uma outra possibilidade é a modificação de densidade do material litosférico. Quando uma região encontra-se em desequilíbrio isostático a magnitude desse desequilíbrio reflete-se na magnitude de anomalias gravimétricas. Os principais processos responsáveis pelos desequilíbrios isostáticos são glaciações e a sedimentação/erosão.

       

            Glaciações

É fato conhecido atualmente que no passado o planeta atravessou uma série de períodos de glaciação intercalados com períodos de temperaturas mais amenas. Além das mudanças climáticas, essas “idade do gelo”, são caracterizadas por um crescimento das calotas polares. O crescimento das calotas polares causa dois fênomenos simultâneos: (i) rebaixamento global do nível do mar e (ii) sobrecarga das áreas continentais por extenções de dezenas de quilômetros por uma capa de gelo que pode chegar a alguns poucos quilômetros de espessura.
As variações globais do nível do mar relacionadas aos períodos glaciais e interglaciais são denominadas de mudanças glacio-eustáticas. Essas mudanças são instantâneas, uma vez que a modificação do nível do mar é uma resposta direta a quanto de água fica retida nos continentes na forma de gelo e neve. Já o reajuste isostático ocorre mais lentamente. Isso porque depende do fluxo de material na astenosfera, que é lento uma vez que envolve material dominantemente sólido. Assim, quando ocorre um perído de glaciação, o nível do mar desce rapidamente, mas a litosfera permanece “elevada” por um tempo, antes de começar a subsidir. Se a litosfera subside a mesma quantidade que a diminuição do nível do mar, parecerá não te havido nenhum movimento relativo deste. No período de deglaciação, o oposto ocorre. A elevação do nível do mar ocorre rapidamente, mas a resposta isostática ao descarregamento é mais lenta e uma grande quantidade de soerguimento residual irá ocorrer após a remoção completa da calota polar e a elevação glacio-eustática do nível do mar já ter terminado.
Um exemplo atual de soerguimento residual é observado na Escandinávia. Após o último período de deglaciação (10.000 anos), o nível do mar elevou-se rapidamente. Mas a Escandinávia, que esteve recoberta por uma camada de gelo continua soerguendo até hoje, segundo uma taxa média de 1 cm/ano.
Além de afetar o equilíbrio isostático do local carregado, a entrada e retirada de uma geleira pode também afetar o equilíbrio isostático de regiões mais afastadas. Isso porque o rebaixamento se dá por escape lateral de material astenosférico, causando soerguimento de regiões adjacentes. O refluxo do material astenosférico que ocorre com a retirada da geleira promove o rebaixamento dessa região. É o que se verifica na Holanda, que acredita-se estar rebaixando em virtude do soerguimento da Escandinávia. Em outras regiões, o reajuste causa a inclinação de camadas sedimentares, originalmente depositadas na horizontal.

 

            Resfriamento e Variação da densidade

            Uma característica peculiar da morfologia do fundo oceânico é a presença de cadeias de montanhas com elevação de aproximadamente 3.000 acima do fundo mar, as dorsais mesoceânicas. Logo após sua identificação reconheceu-se a relação íntima entre a idade das rochas do fundo oceânico e essa feição topográfica: quanto mais antigas as rochas do fundo oceânico, i.e. quanto mais afastadas do eixo central das dorsais, mais rebaixado é o relevo. Isso é devido ao progressivo resfriamento da litosfera oceânica quando está é afastada da zona de formação de litosfera nova. Com o progressivo resfriamento, ocorre o aumento de densidade da crosta oceânica que sofre reajuste isostático e torna-se deprimida em relação a sua posição original.
            A mesma explicação permite entender a formação de ilhas-em-atol que se desenvolvem a partir de ilhas vulcânicas quando estas se torna inativas. Quando placa contendo a ilha vulcânica, cuja atividade está relacionada a um ponto quente (hot spot), move-se, afastando-se da área fonte a atividade vulcânica cessa. Com o resfriamento, há o aumento de densidade da placa naquele ponto e progressiva subsidência isostática. Os corais começam a desenvolver-se na borda da ilha e crescem progressivamente enquanto essa afunda, até que apenas a franja de coral fica emersa.


           Erosão e sedimentação

Erosão de regiões elevadas e sedimentação do material erodido em regiões baixas, são processos que causam descargamento e carregamento, respectivamente. Embora atuantes em diversas áreas continentais e oceânicas, os efeitos desses processos são estágio particularmente importante na história das cadeias de montanhas. Durante sua atividade principal, as grandes cadeias de montanhas mantem-se próximas ao equilíbrio isostático, uma vez que o espessamento crustal causado pelos processos orogênicos é compensado pelo material retirado por erosão. Com o encerramento da atividade orogênica, o material erodido é parcialmente compensado por soerguimento isostático, de modo que para cada 500 m de remoção ocorre aproximadamente 400 m de soerguimento, refletindo-se em um rebaixamento relativo de 100 m. O soeguimento continua enquanto houver erosão, até que eventualmente atinge-se o equilíbrio isostático novamente. O resultado final é uma região relativamente aplainada, na qual está exposta a raíz mais profunda da antiga cadeia de montanhas, caracterizada pela presença de grandes áreas de rochas metamórficas e ígneas. Essas regiões tornam-se estáveis e passam a fazer parte do que se chama de complexo do embsamento, que pode ser observado nos escudos.



Conclusões Finais

Na sua forma atual este princípio diz que: a litosfera (-densa e rígida) encontra-se flutuando sobre a astenosfera (+ densa e plástica) de modo que as montanhas são altas porque compostas por material menos denso (crosta continental) e porque a crosta local é mais espessa (Airy). Ou seja, a litosfera funciona como um iceberg sobre a astenosfera. Assim como um iceberg, quanto mais alta a área emersa mais profunda a área imersa, e dependendo da densidade do material que for colocado sobre o iceberg este afundará mais ou menos. Em outras palavras o Princípio da Isostasia baseia-se no Princípio de Arquimedes. Como decorrência, se material suficiente for adicionado ou retirado a uma porção da litosfera esta irá, respectivamente, “afundar” ou soerguer-se procurando novamente restabelecer o equilíbrio isostático.
            As diferenças básicas entre os movimentos horizontais e verticais são:
*  os movimentos verticais são causados por desequilíbrio isostático, podendo ocorrer movimentos com sentidos opostos sobre uma mesma placa;
*  os movimentos verticais são de amplitude bastante mais limitada que os horizontais;
*  os movimentos verticaiss podem indiretamente estar associados com os horizontais já que estes últimos causam alterações na espessura da crosta e no fluxo de calor (modificando a densidade local);
*  as taxas de movimento são diferentes, a taxa média de abertura dos oceanos é de 6cm/ano enquanto o ajuste isostático causa movimentos verticais com taxa de 0,05-1cm/ano;
*  os movimentos verticais intraplacas são de mais curta duração.
Apesar de terem uma amplitude mais restrita que os movimentos horizontais relacionados à Tectônica de Placas, os movimentos isostáticos são muito relevantes para explicar diversas feições da superfície da Terra, principalmente a ocorrência de soerguimentos (áreas erosíveis) e rebaixamentos (áreas de acúmulo de sedimentos) no interior dos crátons. Os exemplos abaixo ilustram alguns fatos importantes sobre os efeitos da gravidade e dos ajustes isostáticos:
*  A gravidade é a força motora de todos os ajustes isostáticos. Assim sendo, todos os tipos de carregamentos e descarregamentos causam movimentos verticais. A isostasia está envolvida em todos os processos envolvem transporte de material na superfície da Terra:
*  Enquanto a erosão remove material das montanhas, a crosta ajusta-se isostaticamente, soerguendo;
*  Em regiões de grande acúmulo de sedimentos (ex. deltas de grandes rios), o peso do sedimento adicionado deve causar subsidência da litosfera;
*  Em áreas com grande atividade vulcânica, no peso do material adicionado pelas extrusões deve causar subsidência da crosta;
*  Em áreas afetadas por glaciação, a formação de capas de gelo (geleiras) deve causar a subsidência da região. Já a remosão dessa mesma geleira ao final do período glacial deve ser seguida de soerguimento da região.
*  Os reajustes isostáticos são relativamente rápidos na escala de tempo de geológico, entretanto, são muito mais lentos do que as variações glacio-eustáticas do nível do mar.


DINÂMICA DA LITOSFERA

 



Listosfera de tempos em tempos, temos noticias sobre terremotos ou erupção de um vulcão, mostrando com clareza que a crosta terrestre - a camada mais superficial do planeta - não é estática. Ela se movimenta lenta e constantemente, alterando a distribuição dos continentes e dos oceanos.


A Litosfera e sua Dinâmica - A litosfera está em permanente transformação desde o início de sua formação, há bilhões de anos. São duas fontes energéticas que conferem uma dinâmica à litosfera: uma de forças internas ou endógenas e outra, de forças externas ou exógenas. A manifestação mais visível da ação das forças internas do planeta são registradas na superfície na forma de vulcões e terremotos. 

Forças Internas ou Endógenas: A partir do núcleo e do manto, a interação entre substâncias com características químicas e físicas diferentes em condições de altas temperaturas e pressões liberam grande quantidade de energia (forças internas) que é refletido de forma dinâmica na litosfera alterando sua estrutura. 

Estrutura: A manifestação da liberação desta energia é visível na superfície na forma de vulcanismo, terremotos, formação de montanhas e tsunames, que são terremotos que ocorrem no solo do oceano provocando o deslocamento de grandes massas de água, como o ocorrido na Ásia em dezembro de 2005. 

Forças Externas ou Exógenas: As forças externas ou exógenas atuam na superfície e curiosamente essas forças são contrárias entre si. Têm início na energia solar, que, ao penetrar na atmosfera, desencadeia processos, como os ventos, as chuvas ou a neve; responsáveis pelo desagaste e por esculpir as formas estruturais do relevo. Litosfera e a Tectônica de PlacasJá vimos que a litosfera não é estática, assim como também não é inteiriça, e sim dividida em uma série de placas assentadas sobre uma parte menos dura (astenosfera), e que, devido a ação das forças internas estão sujeitas a diferentes movimentos. A teoria que melhor se aplicou ao dinamismo da crosta terrestre foi a teoria da Deriva Continental, posteriormente ratificada na Teoria da Tectônica de Placas.




FONTE:http://professoradegeografia.blogspot.com/2008/09/litosfera.html (11-11-2010 pelas 20:38)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tipos de Limites de Placas







Reflexão: Ao conhecer os limites de placas, ficamos a perceber como se formam os oceanos, as montanhas e as falhas, aspectos importantes da dinâmica terrestre.

Téctonica de Placas

Na teoria da tectónica de placas a parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a crosta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera, que inclui a parte mais interior e viscosa do manto. Numa escala temporal de milhões de anos, o manto parece comportar-se como um líquido super-aquecido e extremamente viscoso, mas em resposta a forças repentinas, como os terramotos, comporta-se como um sólido rígido.
A litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectónicas e estas deslocam-se sobre a astenosfera. Esta teoria surgiu a partir da observação de dois fenómenos geológicos distintos: a deriva continental, identificada no início do século XX por Alfred Wegener, e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira vez na década de 1960. A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60 e desde então tem sido universalmente aceite pelos cientistas, tendo revolucionado as Ciências da Terra (comparável no seu alcance com o desenvolvimento da tabela periódica na Química, a descoberta do código genético na Biologia ou à mecânica quântica na Física).








 





















FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B3nica_de_placas




Reflexão: A teoria da tectónica de placas foi muito importante para a geologia, pois trouxe novos conceitos e explicações para a dinâmica terrestre. Sendo assim, com o estudo desta teoria podemos perceber melhor o planeta em que vivemos, desde a sua formação até aos dias de hoje.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nossas Fotografias

                                                                    PANORAMICA




                                                              REGRA DOS TERÇOS



                                                                          MACRO

Estas fotografias são da nossa autoria!

Reflexão: Gostamos muito de realizar esta actividade, pois tirar boas fotografias é muito importante para um bom geológo e também é muito divertido. Aquilo que aprendemos nas aulas párticas, deu-nos boas bases para conseguir tirar estas fotografias.

Deriva Continental

A ideia da deriva continental foi proposta pela primeira vez por Alfred Wegener em 1912. Em 1915 publicou o livro "A origem dos Continentes e dos Oceanos", onde propôs a teoria, com base nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se encaixar.
Muito tempo antes de Wegener, outros cientistas notaram este fato. A ideia da deriva continental surgiu pela primeira vez no final do século XVI, com o trabalho do cartógrafo Abraham Ortelius. Na sua obra de 1596, Thesaurus Geographicus, Ortelius sugeriu que os continentes estivessem unidos no passado. A sua sugestão teve origem apenas na similaridade geométrica das costas atuais da Europa e África com as costas da América do Norte e do Sul; mesmo para os mapas relativamente imperfeitos da época, ficava evidente que havia um bom encaixe entre os continentes. A ideia evidentemente não passou de uma curiosidade que não produziu conseqüências.Outro geógrafo, Antonio Snider-Pellegrini, utilizou o mesmo método de Ortelius para desenhar o seu mapa com os continentes encaixados em 1858. Como nenhuma prova adicional fosse apresentada, além da consideração geométrica, a ideia foi novamente esquecida.
A similaridade entre os fósseis encontrados em diferentes continentes, bem como entre formações geológicas, levou alguns geólogos do hemisfério Sul a acreditar que todos os continentes já estiveram unidos, na forma de um supercontinente que recebeu o nome de Pangeia.
A hipótese da deriva continental tornou-se parte de uma teoria maior, a teoria da tectônica de placas. Este artigo trata do desenvolvimento da teoria da deriva continental antes de 1950.






FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Deriva_continental


Reflexão: Wegener foi muito criticado na sua época, pois a comunidade cientifica tem dificuldades em aceitar a mudança e inovação. Por este motivo é que só depois da sua morte e com o avanço das tecnologias, é que foi atribuido o mérito, que já na altura da formulação da teoria da deriva continental, Wegener merecia.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Geologia

A Geologia é a ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura, propriedades físicas, história e os processos que lhe dão forma. É uma das ciências da Terra. A geologia foi essencial para determinar a idade da Terra, que se calculou ter cerca de 4.6 mil milhões de anos e a desenvolver a teoria que afirma que a litosfera terrestre se encontra fragmentada em várias placas tectónicas e que se deslocam sobre o manto superior fluido e viscoso (astenosfera) de acordo com um conjunto de processos denominado tectónica de placas
O geólogo ajuda a localizar e a gerir os recursos naturais, como o petróleo e o carvão, assim como metais como o ferro, cobre e urânio, por exemplo. Muitos outros materiais possuem interesse económico: as gemas, bem como muitos minerais com aplicação industrial, como asbesto, pedra pomes, perlita, mica, zeólitos, argilas, quartzo ou elementos como o enxofre e cloro.




FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Geologia


Reflexão: A geologia é de facto uma disciplina muito interessante, maioritariamente prática o que desperta uma grande curiosidade e vontade de participar em tudo. Esperamos que a geologia nos cative ainda mais ao longo de todo o ano lectivo e quem sabe, no futuro!